Travo a batalha sem fim...
Dilacero-me contra as paredes que edifiquei
Na busca por um eu que já não encontro
Vivendo de passado
Sobrevivendo de lembranças
Em felicidades ilusórias, me entrego
Vestindo a máscara de Marte
Prosseguindo num mundo de sangue e guerra
Atrás dos escudos de meu próprio ego...
E assim sou Deus em meu mundo...
Fato... apenas em meu mundo
Penso ser como pedra, como espada, como rei
Mas à noite, artífice das trevas... Sempre trás consigo as lembranças
Levando-me a um tempo que já não mais voltará
Instigando me a desejar o que já não posso controlar, não posso ter...
Felicidade que se espairece...
As notas me acompanham em um canto fúnebre
Lembro-me das palavras ao vento
Das grafias que parecem nada dizer, em sua língua sacra
Pranto, melancolia, tristeza... quanto mais...
Então abro os olhos para o Tempo
Magister da sublime medicina
Que tudo cura, tudo transpassa...
Quanto tempo... Quantas lágrimas... Quanto mundo...
Liberta-me, em feridas que se curam...
Sustenta-me, em sabedoria que se edifica
Recorda-me das cicatrizes eternas...
Sentimento que consome...
Ewerton H. Marschalk
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Noites de Melancolia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Esse Poema e de autoria de
RHADSON MONTEIRO, um poeta capixaba!
Aprecie a arte mas de os devidos creditos ao autor!
Postar um comentário