Ao cair da noite
fui dominado pela escuridão
apenas um feixe de luz
se refletia em minhas lágrimas,
fazendo com que eu observasse
a solidão de perto,
onde nenhum barulho tinha...
Era como estivesse em um deserto
com sede da felicidade,
dentro de um buraco
onde todas pessoas que passavam ali
não vissem o buraco...
muito menos eu.
Sentia dor de um sentimento ferido...
é a maior das dores
que um ser humano pode sentir...
essa ferida não cicatriza.
A dor fica cada vez mais forte
porque achamos não ter solução.
Ewerton H. Marschalk
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Dor da solidão
Postado por EwertoN às 20:30:00 6 comentários
Por ela...
Ela está tão perto e ainda assim tão longe.
Ela é fria e ainda assim tão amorosa.
A sua presença me expressa paixão.
E, no entanto, magoa a minha alma.
Eu a amo tanto, que gritaria para as estrelas.
É por ela que perco a agressividade.
A ela eu curvo a minha ignorância.
Por ela eu sou o que sou.
Escravo de um amor eterno.
Fiel como um cão e astuto como um gato.
Por ela perdi a vida, renasci e evolui...
Eu a amo tanto, que gritaria para as estrelas.
Sou escravo de meu amor.
Sou o meu imperador.
Perdi a guerra humana, mais sou um vencedor.
Por ela eu sou o que sou.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 14:01:00 5 comentários
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Meus olhos me iludem
Meus olhos me iludem
Meus sentimentos me dominam
Minha mente me confunde...
Lágrimas angustiadas escorrem em meu rosto
Já não sinto mais nada a não ser uma paixão inacabada
Meu corpo parece imóvel
Mexendo-se apenas para enxugar o sangue que transborda de minhas veias
por cortes que eu mesmo fiz em meu corpo
Estou num prolongado desespero
que teima em permanecer comigo
O desespero da dor
O desespero da paixão
que um belo dia acertou meu coração solenemente,
mas que foi me tornando um condenado em sentí-la
Até mesmo meus sentidos eu não tenho mais
Não sinto mais nada que não seja esse doce - amargo sentimento que me
consome...
Ewerton H. Maschalk
Postado por EwertoN às 21:29:00 2 comentários
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Distante
O que eu vi diante de você,
Foi a imagem que esperava ver
Desesperado sem saber porque
Deixando a vida, deixando de viver.
A solidão amiga e companheira
Estranha face fria e sossegada
Angústia pelo silêncio à noite inteira
Na bela noite negra e gelada.
Pairou diante de mim por tempo
Com cegos olhos me via diferente
Como a lenta morte, soprava o vento
Sinto te deixar, embora, sem lamento.
Nosso tempo já foi diferente
A mudanças por que passa agora
Mas a dor entre nós era intermitente
Dou-lhe adeus e deixando-a ir embora.
Deixando um peso na alma sem saber
Quando a vi na margem do rio,
Águas turvas mas também calmas
No momento que não esperava reviver.
Agora você está aí sem nada a fazer
Deixo contigo minhas tristes lembranças
Pela eternidade, irei me arrepender
Ver-te ao meu lado ainda é minha esperança.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 16:49:00 2 comentários
Amour - Rammstain
Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie atmet dich, sie sucht nach dir
Nistet auf gebrochenem Herz
Und geht auf Jagd bei Kuss und Kerzen
Saugt sich fest an deinen Lippen
Gräbt sich dinge durch die Rippen
Lässt sich fallen, weich wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh
Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen
Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie beißt und kratzt und tritt nach mir
Hält mich mit tausend Armen fest
Zerrt mich in ihr Liebesnest
Frisst mich auf mit Haut und Haaren
Und wirbt mich wieder aus nach Tag und Jahr
Lässt sich fallen, weich wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh
Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen
Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen
Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie atmet dich, sie sucht nach dir
Nistet auf gebrochenem Herz
Und geht auf Jagd bei Kuss und Kerzen
Frisst mich auf mit Haut und Haaren
Und wirbt mich wieder aus nach Tag und Jahr
Lässt sich fallen, weich wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh
Amour Amour
Alle wollen nur
Dich zähmen
Amour Amour
Am Ende
Gefangen zwischen deinen Zähnen
Die Liebe ist ein wildes Tier
In die Falle gehst du ihr
In die Augen starrt sie dir
Verzaubert wenn ihr Blick dich trifft
Die Liebe
Die Liebe ist ein wildes Tier
In die Falle gehst du ihr
In die Augen starrt sie dir
Verzaubert wenn ihr Blick dich trifft
Bitte Bitte, geb mir Gift
Bitte Bitte, geb mir Gift
Bitte Bitte, geb mir Gift
Bitte Bitte, geb mir Gift
Tradução: http://www.vagalume.com.br/rammstein/amour-traducao.html
Postado por EwertoN às 14:54:00 0 comentários
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Depressão
Tudo tão calmo
Tudo tão diferente
Parecia estar salvo
Parecia estar doente
Estava tão frio
Estava tão quente
Calmo como um rio
Esquentado como gente
Olhando por fora
Um homem de pura beleza
Olhando de outra forma
Um ser repleto de tristeza
Não via esperança
Não via beleza
Uma vazia e triste natureza
Ewerton H. Marschalk ...
Postado por EwertoN às 02:00:00 3 comentários
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Sentimento Indefinido
Ecos de uma voz desconhecida
Um dia disse em meu ouvido
Que a vida é tão boa quanto eu desejar
Mas às vezes demoro a acreditar
Para entender,
Como tudo pode vir tão rápido
E uma sombra negra
Afastar tudo de mim
Nunca esquecerei daquele sorriso
Do último sorriso
Que hoje, me traz tanta angústia
Não sei o que pensar
Como eu queria poder fingir estar bem
Sorrindo,
Mas não posso
Estou morrendo aos poucos...
De nada adianta,
O tempo nunca vai curar esta ferida
Tudo o que eu desejo
É poder despertar desse pesadelo
A dor me domina
Como se fosse a primeira vez
Tudo o que sinto,
Não sei explicar.
Postado por EwertoN às 22:17:00 0 comentários
Marcadores: Amor, Angustia, Insanidade, Ódio, Paixão, Saudades, Solidão, Vida
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Doce pecado!
Doce como a maçã da serpente do paraíso
Este sentimento é arrebatador, incontrolável, insaciável...
Tão animalesco e instintivo!
Provoca culpa e prazer.
Leva-os ao êxtase que beira a Insanidade
Eles não se contêm,
entregando seus corpos à luxúria
Como se Eros e Afrodite
se apoderassem deles
As horas passam imperceptíveis aos seus olhos.
Mas isso já não importa!
O prazer os leva ao infinito,
onde não há tempo, mas somente os dois...
imortais em seu pecado
Seus corpos em um ritmo frenético
se afogam em prazer
E amor carnal.
Vivem um em prol do desejo do outro...
Alimentando-se da libido
que seus corpos exalam.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 13:54:00 0 comentários
Carinhos
A noite cai e o frio me envolve
No meu coração um silêncio profundo
Já não sinto nada, será que morri?
Minha alma parece distante
O que será isso? Estou confuso...
Fecho meu olhos
O que é isso?
Sinto um toque
Um toque suave
É um toque que me envolve totalmente
Sinto minha alma voltando ao meu corpo
Algo toca meu rosto; é como uma pluma
Meu coração volta a bater
Meu corpo esta completamente aquecido
Tenho medo de abrir meus olhos
Sinto uma respiração bem perto
Assusto-me
Abro meus olhos
E uma voz doce soa bem perto do meu ouvido
Calma meu anjo, sou Eu...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 13:52:00 2 comentários
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Essa noite sonho contigo sem dormir.
"A noite enorme
Tudo dorme
Menos teu nome."
Essa noite sonho contigo sem dormir.
É uma noite bela. Levemente fria com um céu estrelado e negro azulado como se fosse uma única e sublime nuvem cristalizando e prendendo todas as minhas vontades brilhantes e inalcançáveis. Noite comum de um sábado onde todos são noctívagos procurando por algo que nem sabem o quê.
Eu não sei o quê busco e nem me importa saber.
Em mim há apenas o arder solitário e ígneo que desperta quando estou a sonhar acordado durante a noite... e nessa noite que escrevo,que já não é mais essa, sonho contigo em vestes de fogo vindo abraçar-me, queimando meu espírito com sua respiração forçada enquanto permaneço a tentar com todos os esforços manter meus olhos abertos para esse mundo de futilidades que habita meu redor; meu redor que se resume numa massa grande e uniforme de vermes inquietos que espreitam por uma oportunidade de roerem meus ossos.
Ah, queria eu ser mais um desses que alimentam-se de si mesmos! Queria eu não sentir essas coisas que assombram e fazem de mim uma espécie quase que impossível de criatura abstrata consciente e exacerbadamente apaixonada por... vida? Por morte? Por dor?... Não sei. Eu não queria sonhar; mas sonho.
Sua chama protege todo o campo a minha volta e me mantêm livre daqueles que não têm alma. Sua presença em minha solidão se faz como um refúgio. Sim um refúgio, pois é isso que é necessário quando não resta mais nada além do sonho desperto; mas o lugar onde me resguardo é o mesmo lugar onde me deterioro; culpa talvez de suas vestes chamejantes que me queimam, me ardem, consomem e fazem de mim pó; um punhado de cinzas esparsas pelo vento vazio de uma noite onde não há você... há apenas o devanear-te. Não aventurar-te... não viver-te... devanear-te em mim apenas.
O manto que cobre o resquício de razão presente dentro da madrugada é grande demais e não permite entrada de luz alguma. Esse manto deveria aquecer Nefelins mas está a encobrir uma estúpida razão anã. Melhor assim, penso eu, pois é desse modo que sonho contigo sem dormir, e sonho sem sono inevitavelmente é obscuro e misterioso... a verdade está sentada no meio enquanto estou andando em círculos. Quem disse que quero parar de andar em voltas? Quem precisa de alguma luz quando há fogo exterior para nos iluminar, salvar e destruir?... Quem precisa do universo quando há um olhar cósmico a sondar os devaneios vertiginosos de uma mente e um coração em caos?
Sonhando contigo sem dormir as palavras já começam a perder o nexo. Já não sei mais o que escrevo nem sei distinguir o que penso do que deixo transbordar nessas linhas irracionais... só sei, porque sinto vivamente o ardor, que você me queima com suas vestes de fogo. O fogo... o fogo... é oriundo da minha maldição de ser consciente de nossas quedas em pânico, em duvidas, em silêncios mais ruidosos que as mais agonizas almas do purgatório ...
Sonhando contigo sem dormir me desfaço em milhões de pedaços, me desintegro e sem perceber desmaio com sede enquanto me concedes fogo. E é assim, comigo em migalhas, que o fogo de suas vestes transforma-se num oásis a encharcar meus pensamentos. A calmaria de nefelibata se apossa de meu corpo que já não sinto mais... alto demais o vento gelado não permite que eu durma para sonhar contigo. O frio congela a água que teu oásis usou para me curar... O gelo arde mais que o fogo de outrora. Os lampejos de seu corpo são fiapos agudos congelados apunhalando meu coração.
Sinto dor e não sei mais onde. Já não sonho mais contigo sem dormir; já prevalece apenas o frio da incerteza; já não há mais suas vestes flamejantes...
Sem dormir e sem sonhar vejo a sua humanidade congelando meu coração.
Meu coração é um sol sem vida e congelado. Não será mais quando novamente você invadir meus sonhos e me aquecer com suas roupas ígneas.
De volta, olho com olhar desconfiado o mundo ao meu redor, sem proteção, sem fachada e infestado por vermes; de volta, vejo o sol nascendo para mais um domingo sem sentido e sem vida. As pessoas voltam para a casa. Meu rosto pulsa por causa dos cigarros e do café que usei intensamente enquanto sonhava contigo. A razão se despe...
E, sem sonhar, me emaranho em meio à ausência e o nada.
Parece que será para sempre assim.
Postado por EwertoN às 17:32:00 2 comentários
As pessoas, todas elas, não precisam ser boas para viver, mas lutam sempre em busca da "bondade" pois querem muito isso; não precisam também se embriagar, mas sempre estão buscando modos de aliviar o fardo de uma vida tão sem sentido, por que querem muito isso.
Todos podemos sobreviver em meio a uma guerra, o risco de morte sempre está presente afinal de contas, mas não queremos guerrear e tentamos sempre evitar brigas.
Não precisamos nos preocupar com nenhum bem estar, porém estar bem é algo que almejamos muito.
O mundo não precisa de paz, de vinho, de sorte ou azar, de bem ou mal, de sabores doces ou amargos, mas parece girar apenas para propiciar esses tipos de dualidades...
Ninguém precisa de muita coisa para viver e deixar de viver.
Basta características físicas e naturais para que respiremos e fiquemos em pé, caminhando rumo ao abismo que espera para derrubar um a um, logo a frente.
Basta o solo abaixo de nosso corpo para continuarmos jogados feito crianças abandonadas num playground enjoativo, mas queremos ter pais para nos ensinar coisas, queremos ter amparo, queremos ter até mesmo um Deus...
Todas as pessoas não precisam de coisa alguma; nem mesmo da vida de uma outra pessoa, mas querem de todo jeito que os queridos vivam.
Todas as pessoas precisam sequer de suas próprias vidas, mas colocam a vida própria como vontade pétrea e universal...
Desse mesmo modo, eu não preciso ver seus olhos como sóis e você como um universo, mas quero ver assim. Não preciso reviver coisas passadas em minha memória, pois isso não mudará de maneira prática meu presente, mas quero me embriagar no doce de nossos momentos.
Posso muito bem viver sem a dor da saudade, e posso mais ainda morrer de saudade, mas opto pelo meio termo.
Resumindo, não preciso do seu amor para viver; mas é no seu amor que encontro a síntese de todas as vontades e quereres do mundo.
E ele é tudo o que quero... mesmo sendo tudo que não preciso ter.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:00:00 0 comentários
sábado, 28 de agosto de 2010
E então ele se mostrou inteiro. E se encontrou no canto mais escondido. No lado mais escuro. No ponto mais secreto. Emoções que há muito tempo não apareciam. Que ele nem sabia mais que existia. De objeto de desejo a desejo de se apaixonar. De histórias para viver e se encantar.
Se olhou no espelho. Analisou profundamente sua vida. Seus encantamentos ainda existiam? Sobreviveram às rajadas de metralhadora que enfrentou? Resistiram aos sonhos partidos jogados ao chão? Ainda era forte o suficiente para levantar a cabeça e olhar para frente?
Desafiou a imagem refletida. Procurou a armadura mais leve que guardara. Decidiu que encararia de frente. Peito aberto. Refletindo os sonhos perdidos, os amores vividos, os projetos inacabados. Resolveu buscar o novo, mergulhar no desconhecido, dar um salto mortal e se jogar de cabeça naquele mar bravo, selvagem. Por que bravas e selvagens também eram suas emoções.
Se descobriu forte, não importava o que tivesse acontecido. Se viu grande. Se viu poderoso. A imaginação na frente do espelho inventava um novo personagem naquela história. Aliás, a história não era mais a mesma. A vida não era mais aquela. Os desejos haviam mudado de direção. Apontavam, agora, para um ponto que ele não conhecia. Que ele nem imaginava que existia.
Será que, finalmente, encontrava o desafio que sempre sonhava? A motivação que tanto buscava? Começou a pensar que sempre procurou no lugar errado. Que não estava fora, mas, sim, bem lá no fundo. Dentro. Guardada. Sufocada. Apenas esperando a hora certa para romper a casca que a segurava. Uma casca frágil. Que não resistia àquele profundo desnudamento. Àquela profunda redescoberta.
Virou-se. Deu as costas para o passado. Sem lamentar, sem sofrer, sem se culpar. Simplesmente deixou para trás. Não voltou para cobrar, muito menos para pagar. Rodou a chave na fechadura e finalmente entendeu que a vida sempre se transforma. E que mudar com as estações era um jeito de não ser sempre a mesma árvore. Que mesmo imóvel, sempre se transmuta, se adapta, se reinventa e se renova.
Abriu a porta e a luz invadiu o quarto. Fechou os olhos e sentiu o calor de um novo momento. Pisou firme e foi embora. Sonhar novos sonhos coloridos, ver novas imagens daquele mesmo velho lugar e encontrar um novo sentido para tanta vontade que começava a pintar dentro daquela caixa repleta de novos desejos.
Postado por EwertoN às 13:25:00 1 comentários
domingo, 25 de julho de 2010
Viciosa Visão
Às vezes eu quero dormir e talvez não acordar
Por que dentro de mim há um sentimento vicioso do qual quero me livrar.
Pelas minhas janelas entra um ar gélido e quebradiço que entorpece os meus sonhos...
Eu vejo as lágrimas que querem sair dos meus olhos, comprimidas pelo meu aperto.
Eu sinto o cheiro de algo morrendo por dentro... meus sonhos...
Há um pensamento de medo para cada lágrima minha... meus medos...
Eu só queria dormir realmente...
Eu vi através da sacada um pássaro em seu ninho, ele está solitário também.
Personificação da beleza no sereno mais profundo, parecendo não sentir todo o caos que o rodeia e todas as mentiras voando perto dali.
Apenas esperando um novo dia amanhecer para mais uma vez ter um pouco de calor.
A minha espera porém, se compara a percepção aguda de um pesadelo crescente
E a escuridão de todas as noites recaindo sobre os meus olhos.
O pássaro não disse como faço para não ver essas coisas..
Ele não poderia...
Eu já tive um sonho...
O dia do meu amor,
Em que a noite se mostrava bela e gentilmente carinhosa.
O dia amanheceu e ele voou.
Ele não disse como faço para não ver essa dor.
Ele não me disse, voou.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 18:27:00 7 comentários
sábado, 12 de junho de 2010
Ondas do Silêncio
Meu coração se petrificou.
Lentamente...
Sufocantemente...
Sinto-me frágil por dentro, desgastado por fora.
Meu espírito se desprendeu do meu corpo.., meu espírito abalado.
Minha existência só me feriu.
As pessoas à minha volta, feriram-me.
O fardo que carreguei, foi mais árduo do que pude suportar.
Não agüentei toda aquela dor dançando diante dos meus olhos sem parar.
Olhos que não choram mais, mas derramam ondas de tristeza e melancolia.
Olhos que apenas presenciam medo e eterna agonia.
Olhos que já não vêem indivíduos com a mesma inocência.
Olhos freqüentemente pedindo clemência.
Sentado no chão frio, encolho-me nas sombras.
Sem perceber, afogo-me nas ondas.
Penetro num silêncio aterrador.
Deixando-me, em completo e delicado torpor.
Sinto náuseas... meditando, vasculhando minhas entranhas.
Será somente eu, que consigo esta façanha?
Isolado para o mundo, lá fora.
Não sei... mas vontade eu tenho, de ir embora.
Chamas negras querendo me cobrir.
Dúvidas certamente me cercarão.
O Tempo querendo ao meio, me partir.
Maldições certamente me acompanharão.
A morte como me enganei...
Não era a solução.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 21:51:00 7 comentários
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Insônia
Todo dia a insônia conflita minha mente.
Momentos nostálgicos dos quais tento descobrir o valor e sentido de minha existência.
O sentido existencial tende à busca de uma felicidade vaga, encoberta pela crença de que com amor a encontrará.
Essa doce mentira sobre o amor criada para mascarar a agonia de nosso coração.
De que adianta amar, se este amor não me é correspondido?
Momentos como esses em que cicatrizes proporcionam uma dor mais forte.
Momentos como esses em que busco uma resposta de cura para esta ferida aberta.
Momentos como esses em que tento descartar toda essa tristeza através de lágrimas, as quais correm em meu rosto e se secam em meu travesseiro.
Lágrimas derrubadas na tentativa de me encontrar.
Mas quanto mais caem, mais me perco nesse conflito mental sem solução.
De que adianta amar, se este amor não me é correspondido?
Todo dia a insônia conflita minha mente.
Ewerton H. Harschalk
Postado por EwertoN às 18:06:00 3 comentários
Estrada vazia
Por que sorrisos saem
Enquanto a dor me consome
onde estará à fonte para felicidade
quero esquecer tudo
quero não parar tanto pra pensar
um pássaro preso na gaiola
um gavião sem as asas...
a vida sem motivação
a dor ilude
se disfarça
dor... O q seria...
agonia... Medo... Solidão... Sentimentos que se confundem...
Quero domar os medos...
amar novamente...
esquecer o que passou...
saber rir mesmo sozinha...
dor... Por que não me matas logo
o que queres de mim...
Quando a liberdade chegar... Será que a dor se afastará...
Dor... Sentimento que consome... Traição... Corrói por dentro...
Dor... Deixe-me em paz...
Dor... Afaste-se de meu coração...
Dor... Abra caminho para outros sentimentos...
Dor... Não una-se ao medo....
Me consome .....me destrói....me mata aos poucos... Me corrói... O que tanto me mata...
sentimentos...
pensamentos...
dor... Amor... Traição... Enfim, tudo está contra mim... Não querem que levante... E siga...
Mas... A estrada é longa... Caminho... Caminho...
Mesmo não chegando a nada...
continuarei caminhando pela estrada vazia... Procurando a resposta para o fundo triste de meus olhos...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:58:00 1 comentários
sábado, 1 de maio de 2010
Desespero imaturo
Nem mesmo o céu olha da mesma maneira pra nós dois
Enquanto pra você ele sorri e brinca como uma criança
Pra mim ele se esconde, se zanga, deprimente ele mente estar brilhando...
Não
Não existe nós dois, jamais existirá
Eu te amaria até mesmo morto
Odiar-te seria meu refúgio durante toda minha vida
Por jamais ter se importado...
Idiota, olhe ao seu redor, será que está tão cega?
Estou chorando agora, mas e daí? Você jamais me acalmaria, jamais lamberia minha alma
Cada dia que passa meu fardo é maior, essas lágrimas ficam pesadas demais
Para serem suportadas
Eu choro por te querer demais
E por jogar tudo no lixo sem nem ao menos notar
E fico aqui jogando meus sonhos sobre cortes profundos
Minha alma quer gritar, mas meu ego o censura
Odeie-me, mas sinta algo por essa carcaça que morre tão prematuramente
Mate-me
Mate-me
Enquanto a brisa fria que sopra aqui dentro ainda vive
Esse amor escorre de meus pés em forma de poças de sangue
Dor tão profunda que se derrama
Amor tão imenso que se toca
Meus lábios sussurram seu nome
E em resposta vem a realidade
Dizer a verdade
Sobre a solidão.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 14:59:00 0 comentários
Meu sofrer
Gritos invadem a minha mente,
Como se fossem fantasmas a minha procura,
A procura de algo que não tenho ,
Algo que não sou.
Entre folhas de livros velhos ,
E lágrimas que rolavam,
Sentimentos que não se sentem,
Tristezas em vão.
Mostram todo o penar,
O meu penar!
A minha solidão!
Eu simples mortal,
Fujo de algo que não sei explicar,
Talvez de mim mesmo...
Fujo de sentimentos,
Que obscurem a minha mente.
E vocês não me escutam!
Parem!
Prestem atenção!
Estou sofrendo...
Me escondo dentro de mim,
Meu próprio cativeiro.
A prisão de meus devaneios,
Mentiras de mim mesmo,
Verdades ocultadas em um abismo.
Estou correndo das minhas próprias ações .
Me deparo com a minha face perante o espelho.
O espelho de minha vida.
Queria que tudo acabasse,
E que nada restasse,
Nem mesmo,
As palavras que me cercam.
Nada me resta!
Meu olhar pertido,
Tenta encontrar,
Talvez a mais bela razão para viver.
O mais belo caminho para seguir.
A mais bela canção para lembrar,
Talves o mais belo sentimento para querer-te.
Talvez me esqueça,
Da cova que cavei para mim mesmo.
Minhas loucuras.
Loucuras de um mortal,
Como eu!
Que tenta se encontrar,
Que se procura,
Em cada olhar,
Porém se esconde,
De cada sorriso.
Abre os braços para a morte,
Para o anjo triste ao seu lado,
Para a desilução que existe em seu peito.
Pobre mortal que procura a sua imortalidade.
Pobre mortal...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 14:54:00 1 comentários
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Perdido, triste, vazio
Perdido em meu mundo, em meus pensamentos;
sem saber onde ir;
sinto cada vez mais a escuridão tomar conta de meu corpo;
Aos poucos vou encontrando um enorme vazio.
Indo contra a luz;
sem saber o que fazer;
não sei para onde vou...
sinto perder a respiração a cada minuto que se passa;
nem sequer me lembro quem sou.
Estou só, imensamente só.
Não pense que isso me faz mal;
pelo contrário;
é tudo o que sempre desejei.
Paciência, não tente me entender;
você não conseguiria,
nem mesmo eu consigo,
viva sua vida e me deixe em paz.
Se você acha que não consegue me esquecer,
esqueça isso, e conseguirá.
Você acha que tenho todas as respostas;
mais eu acho o mesmo de você;
Lembre-se, estamos só, apenas só.
Perdido, triste, vazio.
É o que sou.
É o que sempre fui.
Não tente mudar isso,
Viva sua vida e me esqueça.
Esqueça que um dia fomos felizes;
esqueça que você sorriu pra mim;
esqueça que só víamos a luz e nunca a escuridão;
esqueça que nunca estávamos sozinhos;
esqueça que um dia me amou.
Esqueça...
apenas esqueça o que digo.
E esqueça quem fui.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 16:52:00 4 comentários
A razão de minhas lágrimas
Choro pelo nosso lindo passado
Por nossos momentos de paixão
Por cada sincera declaração
Pelo prazer de ter amado...
Minhas lágrimas são pelo que fomos!
Choro pelo nosso despedaçado presente
Pela dor em meu peito
Pela frustração dos planos desfeitos
Pela saudade do outro ausente...
Minhas lágrimas são pelo que nos tornamos!
Choro pelo meu sonhado futuro
Pelo casal que não mais somos
Pela falta do meu porto seguro...
Minhas lágrimas são por não mais te ter!
Choro por muitos motivos
Pela lembrança do passado
Pelo presente desconsolado
Pelo futuro que não mais vai existir...
Minhas lágrimas são simplesmente porque TE AMO!!!
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 16:48:00 1 comentários
Solidão
Como uma faca que perfura meu coração,
Uma lamina que me mata em depressão,
Lagrimas, dor, traição, viver sozinho,
Noite após noite o luar desaparece,
Em meio as lagrimas da solidão,
O amor que me fez sofrer, a dor que me faz rir,
Perdido em meio a noite chorando por você,
O caminho de pedras que percorri,
Os dias que deixei de viver,
Pra me afogar em palavras,
Por ver por seus olhos, um tolo amante,
Que perdeu a vontade de viver,
Um tolo que quer se esconder,
Para não mais sofrer,
Afogado em lagrimas,
Perdido em meio a um vazio,
Mais uma alma que se vai com a depressão,
Apenas uma vida dedicada a te amar,
Que acaba hoje sem teu amor.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 16:36:00 0 comentários
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Ama-me
Ama-me como que por encanto,
ria meu riso e chore meu pranto,
ama-me com simplicidade de alma,
verdadeira e vorazmente,
ame-me simplesmente...
Ama-me como um bicho,
sem pudor e sem leis,
ama-me num esconderijo,
e sem dó nem piedade,
crava em mim tuas garras,
de amor e de vontade,
Ama-me vertiginosamente,
à beira de abismos,
e alturas celestes,
conforta minha alma,
que há séculos espera,
perdida em guerra,
de sentimentos e dores,
saudades e angústias,
salva-me de mim mesmo,
mas ama-me...
ama-me como há muito tenho esperado,
ama-me com a paixão dos desencarnados,
ama-me com a piedade dos bons,
e o desespero dos rejeitados,
ama-me no céu, como no inferno,
sem tempo, nem idade,
ama-me com vitalidade...
Ama-me nesta vida,
e em todas que puderes,
ama-me irrestrita e desesperadamente,
como se fosse o último,
ou o único...
Ama-me porque sinto saudades,
porque só sei amar com vontades,
porque tua existência é necessária,
porque teu amor tem verdades,
porque apenas com você,
me sentirei pleno, verdadeiro,
amado, completo e acalentado,
ama-me porque a noite é chegada,
e se demorares muito,
poderei não estar mais nessa estrada...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 15:36:00 3 comentários
Noite Íntima
Há certa lucidez na noite de insônia -
Forma luminosa deslizando nas cortinas
Uma face pálida à janela surge
E um leitoso jorro desce das vidraças.
Esqueço o medo, as trevas são lânguidas
Lascivas tal um momento de desejo
E quero banhar-me em leite farto
Clarear minha íntima obscuridade.
‘ desperto adormeço dentro os temores
na minha noite idolatro o Segredo.’
Quero banhar-me no jorro deste seio
Lúcido na escuridão sinto o pulsar
De pesadelos obscenos a torturar-me
Em gemidos de selvático gozo.
Quero banhar-me, nutrir-me todo
No visgo gotejante das trevas
Quando, do eclipse da lua, desce
O manto de escura noite.
‘ mas eu, nos pesares profundos,
devo retornar aos ermos de mim.’
Campinas desconhecidas de mim
Onde lentamente vicejam orquídeas
A sugarem ávidas outros desabrochares
Lá no abismo de meus risos.
Na cantiga que ao luar ecoa,
Além do pensamento e do silêncio,
Na embriaguez do mal que aí habita,
Com olhos fechados procuro o Sentido.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 15:28:00 1 comentários
Novas Asas
Logo após o nascimento,
Cortam-nos as asas
E deixam o corpo incapaz de alcançar vôo novamente
Em algum lugar, entre o céu e o inferno!!!
Há muito tempo essa história se repete
E sempre os anjos livres,
Que passam seus dias a desfrutar da liberdade,
Se transformam em meros humanos...
Perdem o dom do vôo
Perdem parte da liberdade
Perdem parte da compreensão
Perdem parte da sua alma...
A razão então cobre esse vazio
E passamos a criar leis e regras
Que nos prendem ainda mais
Talvez porque ainda não tenhamos aprendido
A lidar com esse mundo totalmente estranho...
Ou talvez porque a sensação que temos ao quebrar algumas regras
Nos devolve momentaneamente o prazer
Do vento batendo em nossos rostos,
Enquanto nossas asas sobem e descem...
Mas é como se fosse uma droga,
O efeito é momentâneo
Depois que passa, voltamos à realidade,
Novamente temos as asas amputadas,
Novamente somos incapacitados
Novamente angústias e tristezas
Pesam sobre essa parte da alma
Que a razão ainda não destruiu.
Porém ficamos viciados,
E passamos a sempre buscar alternativas
Para conseguir novas asas,
Mesmo que sejam descartáveis...
Mesmo que depois de um tempo, desapareçam...
Pois essa parte da alma que ainda nos resta
Não descansará até que se torne completa novamente,
Mesmo que para isso, tenha que passar
De habitar neste pedaço de matéria
E voltar a viver em um mundo espiritual,
Com novas asas...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 15:25:00 2 comentários
domingo, 4 de abril de 2010
Quebra meu coração
Quebra meu coração,
quando pessoas que eu conheço,
se tornam pessoas que eu conhecia;
Quando você,
que foi uma enorme parte da minha vida,
que foi capaz de conversar durante horas comigo,
passa do meu lado e nem ao menos olha nos meus olhos,
ou simplesmente não tem mais assunto.
quebra meu coração saber que boas coisas acabam.
e não há nada que possamos fazer.
Postado por EwertoN às 23:30:00 4 comentários
sábado, 13 de março de 2010
Um Novo Amor
Meu coração era triste, sem vida...
Vazio.
Sofria nos dias de frio
Amava sem receber o mesmo amor...
Chorava por não receber calor
Sangrava por não ser notado...
Um coração despedaçado.
Vivia na companhia da solidão, das trevas...
Sentia medo.
Com você veio a esperança;
A certeza, o calor.
A luz, a companhia... o amor
E hoje meu coração volta a bater,
É cheio de esperança e consegue se aquecer
Não sente medo, se livrou da solidão.
Segue a luz... não vive mais na escuridão.
Ainda se recupera, não é tão fácil
De apagar um amor antigo,
Que não soube me amar.
Mas quero você ao meu lado
A me ajudar esquecer...
Enterrarei no fundo da minha sepultura
As dores, as lágrimas... meu amor não correspondido
Caminharemos entre as lápides
E juntos, enfrentaremos todos os males.
Agradeço por você cruzado meu caminho
Quando é que você vem receber os meus carinhos...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 19:03:00 4 comentários
Lembranças
O medo é grande
O pensamento acelerado
Respiração ofegante
O ar congelado
O que é a vida?
O que é ser?
Nada que permita...
Nada que deixe esquecer
São tantas vozes
O silêncio me ensurdece
As orações me cansam
A solidão me aquece
Aqui não há nada
(está tudo lotado)
Estou só
(está tudo lotado)
Esse mundo me surpreende
O decorrer da vida me exausta
Tudo parece familiar
Mas eu não me lembro...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 18:57:00 1 comentários
À espera
Garrafas de vinhos vazias,
Fotos e cartas pelo chão,
Necessidade de teu calor,
Quando isso irá acabar...
À espera
Ansiosa e perturbadora
De teus beijos e abraços,
Enfim de teu calor...
Tão juntos e tão separados,
Nossos corações estão enlouquecendo.
Sua voz acalma meu ser,
Porém aumenta minha ansiedade de ter-te...
Sua existência ilumina meus dias
Com um leve toque de tormentos,
A distância que nos separa
Não irá separar nossos corações...
Sonho com o momento em que acordarei ao teu lado
E que irei dizer eu te amo, olhando em seus olhos.
Mas enquanto esse momento não chega
Sofro com essa maldita espera...
Ewerton H. Marschalk
Dedicado a Alguém especial...
Postado por EwertoN às 18:54:00 1 comentários
terça-feira, 9 de março de 2010
Ingratidão
Eu caí azul
No oceano espinhoso do teu silêncio
E comi das nuvens negras
Eu vi que tudo se quebra
Respirei o ar que tu envenenaste
Caí em perdição
Sonhei com flores pretas
Com o meu sangue pregado na tua mão
E o teu olhar carente de ódio respaldado
Pedia-me martírios a mais
Para sofrer
Nem precisa morrer brincando
Com as sombras
Conheço todos os teus planos mal elaborados
Que sempre te acompanham
Na rua feita de corpos violados
Se for para desolar-me
Desole-me direito
Você bebeu do meu vinho
Provou do seu veneno encantado
As suas asas caíram dentro do meu sapato
Um sapato para ir a um enterro tão esperado
Sou parte da tua infelicidade
Mas as minhas moedas
Pagariam a tua falsidade deficientemente cálida
E pálida
Tão grotesca e tão simpática
O cordão umbilical foi cortado
Para você sofrer com o resultado
Morreu por respirar esse ar tão mutilado
Vou te acompanhar
Ate você arrancar meu coração
Para comer no jantar
Pranto pelos que sentimentos que vou recortar
A vida desencantou os girassóis que se tornavam negros
O teu desamor
Levou-me por inteiro
O teu amor de bosta me levou ao desespero
Masturbei-me com o teu ciúme
Contei quantas estrelas tu roubaste
E vi que eras amiga da traição
Pedras pedindo que eu pisasse nelas
Nos caminhos
Que levariam ao atalho do teu mundo
Tão vagabundo
E sem compaixão
Pensei por um segundo
Que sorria no escuro cinzeiro
E que o céu ia cair
Eu naveguei no atlântico norte do teu coração prisioneiro
Podre, vazio
Eu também te contaminei
Com as juras que nunca cumpriria
Também destruí sua vida vadia
Vou traficar o teu anêmico carinho
Vou encontrar o tesouro no túmulo do teu olhar
Sozinho... vou me salvar
E desvendar porque sumiram os vitrais da sala
A beleza era tão inexata
Uma estrada só pregos
É para se andar descalço
Orgásmica dor
Dos meus eternos devaneios
Vivia num mundo
Antes sem desprezo
Borboletas vermelhas
Derreteram-se como se fossem
Um amor que faleceu
Como uma uva perdida no mais sereno pomar
Como um castelo
Que abrigou
Os instrumentos da tua tortura fantástica
Jogaste-me no calabouço aceso
Arrancaste meu paralítico sossego
Vou liquidificar a tristeza tão rarefeita
Picar o teu espírito sem fé
Invejando o meu
Eu invejo não ter te atropelado com as palavras
Mais putrefatas
Que tirei do teu dicionário
Monossilábico e inútil
Como a aspereza
Da tua mente de papel amarrotado e fútil
A ventania expulsou os pássaros da janela
A tua simpatia era tão perversa
Das rosas me destes só os espinhos baratos
Teus beijos não moviam moinhos açoitados como eu
A tua língua nunca me encontrava
Voluptuosa desgraçada
Por mil demônios
Secaria o Nilo com todo esse sal que vive dentro de ti
Como uma penosa falácia
Tu criaste um sentimento laboratorial
Um experimento
Um vômito eternamente injustificável
O teu relento comia o sobrado
De onde eu observava
A platonicidade em vão do sereno
Indisponivelmente ingrata
Roubaste não mais do que meu mundo inteiro
Assombraste-me
Enquanto adoecia
Por ter perdido a passagem de volta
Desse hediondo pesadelo
Eu visitei a caverna azeda dos teus pensamentos
E fiquei com medo
De encostar nas paredes não pintadas
Escondi-me de ti
Como o sol se esconde da lua o dia inteiro
Deixei de gozar o inverno
Roubou-me o aconchego
A tristeza
A escuridão
Acolheu-me
Do abraço ideológico das tuas mentiras
E aquelas flores que te dei
Deveriam ter colorido a tua vida
Eu fiquei tão fraco e nu
Apreciei as folhas caírem
Felizmente sem teu cheiro
Eram vazias e sem clorofila
Não perdoarei jamais
Essa sagaz agonia que não me deixa em paz
Mastiguei a terra infértil do teu seio
Derreti junto com a vela preta que acendi
Para flagelar meu amor sintético
Por ti
Não há perfume, cor ou sabor
Receba minha ossada como lembrança
Da sua incapacidade de fazer eu sorrir
Morra mas não encontre-me depois
Se perca na sua cegueira proposital
Desapareça
Mas não se esqueça de me querer mal
Ao cântico fúnebre faltavam versos
Aqui estão eles
E assim eu me despeço
Deixe os vermes se envenenarem ao comerem
Essa carne tão estúpida, fria e sem orvalho
Padeça
Sofra por nós dois
Corra na floresta dos teus medos
Colocarei na tua cama
As serpentes que do teu corpo não deixaram nem um galho
Era uma árvore sem luz
Eu me perdia na fotossíntese do teu fingimento
Mesclado entre o preto e o vermelho
Abraçava-me com tuas giletes
Açoitava-me
vampira
Como me mostra estacas
Tome logo todas essas pílulas
Redondas
Como os círculos em que me perdi nostalgicamente
Dancei quando o teu réquiem
Não te levou onde eu me encontrava
No abismo longe de ti
Vivia tão só e morreu assim a esperança
Não vou mais sangrar contigo
Lágrima automática
Nem mil banhos tiraram essa lama
Que impregnou meu leito escarlate
Parei de comer as raízes do meu rancor
E ignorei teu chamado abstrato
Vazio, insensível e ingrato
Era tão barroca
Tuas dualidades
Consumiam minha força
Teu gramado respeito
Transformou-se num concreto imperfeito
Pulei corda com o teu intestino delgado
Ewerton H. Marschalk
Dedicado: Mell Miranda
Postado por EwertoN às 15:42:00 4 comentários
Monótona Prostituta
Criatura mentecapta
meretriz mérita de ser apedrejada
sortilégica, podre amaldiçoada
Pérfida prosaica
promíscua prostituta
ostenta podridão
Ó! grave desolação paterna
dançarina consumível
teus filhos apontados são.
Utopia do prazer
maldita aberração
Objeto sem escrúpulo
urinol de ejaculação.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 15:24:00 1 comentários
Meus olhos me iludem
"Meus olhos me iludem
Meus sentimentos me dominam
Minha mente me confunde...
Lágrimas angustiadas escorrem em meu rosto
Já não sinto mais nada a não ser uma paixão inacabada
Meu corpo parece imóvel
Mexendo-se apenas para enxugar o sangue que transborda de minhas veias
por cortes que eu mesmo fiz em meu corpo
Estou num prolongado desespero
que teima em permanecer comigo
O desespero da dor
O desespero da paixão
que um belo dia acertou meu coração solenemente,
mas que foi me tornando um condenado em sentí-la
Até mesmo meus sentidos eu não tenho mais
Não sinto mais nada que não seja esse doce - amargo sentimento que me
consome..."
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 15:19:00 3 comentários
sexta-feira, 5 de março de 2010
De que adianta a beleza?
Do que me adianta a beleza?
Se meus lábios não dizem doçuras
Nem meus olhos despejam meiguice
Rejeito a beleza que vêem em mim
Quero a paz de falar ao vento o poema mais triste
sem o sol se esconder.
Me tranquei dentro desse corpo,
me escondendo de mim mesmo
ansiando não ser como os demais.
Mas de que adianta a beleza?
Se meu coração é corrompido
pela fatal doença dos orgulhosos
Rejeito a beleza que vêem em mim.
Quero a alegria de falar
e ser entendido
Me rejeito dentro dessa casca
que nada vale que nada importa.
De que adianta a beleza?
Se sou desagradavelmente amargo,
marcado pelas minhas próprias mãos
em busca da verdade,
maior mentira a quem me entreguei.
Queria ser doce como aquela canção que jamais cantarei,
Queria não ter sido tão corrompido pelos meus desejos,
por minhas mãos.
Me rejeito hoje como nunca
RASGARIA MEU CORPO,
QUEIMARIA MEU ROSTO,
PRA TALVEZ SER MAIS FELIZ.
COM O PEITO EM BRASA,
COM A DOR SAINDO PELOS POROS,
COBERTO DE PECADO,
ENLAMEADO DA SUJEIRA DA VIDA.
Ewerton H. Marshcalk
Postado por EwertoN às 17:46:00 0 comentários
Nota da Tristeza
Uma nota a ecoar
Em pranto faz o ar suspirar
Nota da tristeza
Que por fim se fez estrela
Não faz parte de um sonhar
Nota de trevas
Se encontra em lamúria
Ouça no ar
A nota da dor e o gotejar
De um choro
Que não é apenas um lamentar.
Encosta-te agora sua cabeça
E deixe esta nota terminar
Pois quando então terminar
A tristeza em sua alma
Poderá lamentar
Ouça a nota
A nota de dor
sinta o horror
De um lamento
Que por fim se fez cessar.
Ewerton H. Marshcalk
Postado por EwertoN às 17:43:00 1 comentários
Sofrimento dos Desalmados
Era uma manhã fria e escura
sentia o corpo virar pedra
e a sair dos olhos, lágrimas de sangue
uma ventania a puxar os louros cabelos
cansados, os sentia endurecer
tudo se movia devagar
o lívido olhar a clamar
e o andar como a se enterrar no chão
o grito a estourar as veias
as orelhas arrancadas, para só ouvir sua dor
rosas vermelhas caem
bocas sarcásticas a definhar
não há acordar
o desespero não deixa dormir
o desamparo das almas que se unem
dos corpos que se desfalecem
nem os maiores prazeres
nem mais os deleites
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:42:00 0 comentários
Suas lagrimas caem
Seu coração sangra
E eu nada posso fazer...
Não Sei o que fazer para ajuda-la
Me sinto um inútil
Não consigo ajuda-la
Minha melhor amiga
O grande amor da minha vida
Em minha mente...
Uma idéia
Que já permanece á muito tempo
...e junto dela um medo...
A idéia... Declarar meu amor
Faze-la feliz
Ser o motivo da sua existência
Assim como você é para min
Para quem sabe trazer a ela vontade de viver...
E fazer suas lagrimas cessarem
Mas tenho medo...
Medo de não conseguir lhe fazer feliz
Medo de lhe magoar...
De me machucar...
Medo de ferir nossa amizade e união
Medo de amar e não ser amado da mesma maneira...
Eu te quero...
Necessito da sua presença junto a min
Por tanto tempo tentei encontrar um caminho que me leva-se a você
Que me leva-se ao seu coração
Queria que você senti-se o mesmo que eu sinto por você
Queria ter coragem de lhe dizer o que se passa dentro do meu coração
O jeito que me abraça não sai da minha cabeça
O timbre da sua voz...
O seu olhar...
A mácies da sua pele
Tudo que eu sei...
É que eu te amo...
Este sentimento de eras...
Permanece em meu peito...
Doendo... Ardendo... Porem Intocável... Inabalável...
quinta-feira, 4 de março de 2010
Tímida e lentamente
você entrou em minha vida
sem desespero
sem fervor
porem de um jeito meigo e agradável
mostrando-me sua pureza
Doce e romântica
me encantando cada vez mais
com as belezas das cosias que diz e faz
De amiga passou a pessoa mais especial para min
me aconselha e me ajuda, me anima.
Às vezes simplesmente me da a atenção que necessito
estou cada dia mais encantado com seu jeito de escrever
Cada dia mais fascinado com tamanha semelhança de mente e espírito
Cada dia mais apaixonado com tal combinação de beleza e inteligência
Por estes e milhares de outros motivos... eu te digo... EU TE AMO
estou completo e incondicionalmente apaixonado por você
Que és a mais rara das flores
Dedicado a Brenda Pinheiro
Por: Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 13:24:00 2 comentários
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Noites Frias
Noites frias de céu estrelado
Pensamentos confusos
E um olhar desesperado
Sinto sua falta aqui do meu lado
Noites frias de céu nublado
Contemplando a lua
E seu brilho calado
Sinto falta de seus beijos
Do calor de seus lábios
Quando eu tinha você ao meu lado
A condição do tempo não me importava
Pois você estava comigo
E me mantinha feliz e ocupado
Mas você se foi
E isso foi tudo o que me restou
Noites frias que me lembram você
E tudo o que em você me conquisto
Rodrigo Mendes
Postado por EwertoN às 12:13:00 11 comentários
Em meus sonhos,
Eu não tenho uma boca para beijar
Em meus sonhos,
Eu não tenho alguém para amar
Acordo...
Percebo que o que sonho,
É reflexo de minha vida...
Vida curta
Vida só
Vida fria.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 12:01:00 1 comentários
Marcadores: Solidão
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Draw With me
A Animação mais perfeita que eu ja vi *--*
Postado por EwertoN às 15:58:00 3 comentários
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Autora nova =)
Olá, meu nome é Brenda (Srtª Bêêh) e estou aqui, pela primeira vez *-*, postando no blog do meu melhor amigo, Ewerton H. Marschalk. 'palmas' *0000*
Bom, não tenho nada pronto ainda (eu disse ainda), por esse motivo irei divulgar um dos poemas de Shakespeare que mais amo! *------* (E acho que irão gostar também).
"Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.
(Boa noite , Amor )
autor: William Shakespeare
By: Srtª Bêêh
Postado por Beeh M. às 14:54:00 6 comentários
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Por que eu acordo todas as Manhãs?
Por que eu ainda penso em você logo que acordo?
Por que eu não mais sonho?
Por que a comida perdeu o sabor?
Por que eu tive que te conhecer?
Por que eu parei de sonhar?
Por que meu pranto não para?
Por que a morte chegou tão perto e não me levou?
Ate mesmo a lua me abandonou
Mas eu nem mereço contemplar sua beleza
Eu nem mereço viver
Esta dor esta insuportável
Meus Pulsos doem
Minha cabeça lateja
E meu coração Sangra
Cartas de amor,
Lagrimas de felicidade:
Mera Utopia
Tudo que me resta é a morte
Mas acho que até ela me esqueceu
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 23:26:00 4 comentários
Marcadores: Solidão
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Coração dilacerado
Pulsando... Quase parando...
Tantos pedaços de mim se perderam
Estão espalhados
Dispersos
Nesses quase versos...
Diz-me
Pra onde devo ir depois do fim?
Há algum lugar pra descansar longe de mim?
Diz-me
Ainda há lugar para outra cicatriz?
É possível perder-se mesmo já estando perdido?
Existe cura para quem não está doente?
Quando um sofrimento é esquecido
Outro se torna presente...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 12:30:00 3 comentários
Marcadores: Solidão
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Precisei morrer Para entender o que é viver
Precisei ir ao inferno para entender o que é o Céu
Tive que perder para entender o que é ganhar
Tive que ser odiado para entender o que é amar
De todo esse sofrimento
Dor...
Angustia...
Levo uma lição...
Viva... Se divirta... Aproveite os pequenos momentos felizes
mesmo que raros
não à luz sem escuridão
não à felicidade sem dor
Mas à eu sem você
sozinho... E triste
mas à
vivendo cada breve momento feliz como se fosse o ultimo
sentindo cada momento de dor e sofrimento como se fosse o primeiro
vivendo intensamente
morrendo rapidamente
Esperando um “Final Feliz”
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:29:00 5 comentários
Noites de Melancolia
Travo a batalha sem fim...
Dilacero-me contra as paredes que edifiquei
Na busca por um eu que já não encontro
Vivendo de passado
Sobrevivendo de lembranças
Em felicidades ilusórias, me entrego
Vestindo a máscara de Marte
Prosseguindo num mundo de sangue e guerra
Atrás dos escudos de meu próprio ego...
E assim sou Deus em meu mundo...
Fato... apenas em meu mundo
Penso ser como pedra, como espada, como rei
Mas à noite, artífice das trevas... Sempre trás consigo as lembranças
Levando-me a um tempo que já não mais voltará
Instigando me a desejar o que já não posso controlar, não posso ter...
Felicidade que se espairece...
As notas me acompanham em um canto fúnebre
Lembro-me das palavras ao vento
Das grafias que parecem nada dizer, em sua língua sacra
Pranto, melancolia, tristeza... quanto mais...
Então abro os olhos para o Tempo
Magister da sublime medicina
Que tudo cura, tudo transpassa...
Quanto tempo... Quantas lágrimas... Quanto mundo...
Liberta-me, em feridas que se curam...
Sustenta-me, em sabedoria que se edifica
Recorda-me das cicatrizes eternas...
Sentimento que consome...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:28:00 1 comentários
Já é Noite
Caminhando por um lugar desconhecido
com pensamentos trágicos do passado
a noite está me perseguindo
já não tenho lágrimas para derramar sobre meu rosto
vejo um ser pálido chorando em silêncio
vejo que sua alma se foi
tudo que eu tinha se foi, para que viver agora?
Vá seu dever aqui foi cumprido
Vá para seu mundo desconhecido
vá para seu mundo onde é somente seu
deixe o passado consumir essa sua dor
a noite parece não ter fim
a lua está desaparecendo atrás das nuvens cinza
uma dor terrível estou sentido
não tenho rumo esta noite
onde irei me esconder desse frio que bate em meu rosto
não consigo aquecer meu coração, que aos poucos vai parando
já é noite e nada mais sei
estou perdendo minha consciência
só tenho uma última coisa a fazer
cavar meu túmulo para que eu descanse em paz
ninguém virá ao meu sepulcro para dizer o último adeus
tomado pela chuva apenas os corvos irão me acompanhar
tudo está acabado nessa hora mais difícil.
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:26:00 0 comentários
Marcadores: Solidão
O Céu pelo Avesso
Foi longo tempo nessa terra
Que se passou diante as trevas
Já não havia mais o dia
Só uma luz radioativa
Que incendiava nossas almas
Numa pulsante dor macabra
Ao se apagar, foi despertar
Os anjos caídos atirados ao abismo
E na sede do teu ódio
Levantaram-se os inimigos
É Guerra Santa...
E quem virá nos salvar
Se eu pudesse ver
O que há do outro lado
Se eu pudesse tocar
O que não conheço
Se eu pudesse voar
Pelo espaço
Se eu pudesse tocar
O céu pelo avesso...
E nasce como dor pulsante
A nossa sede pelo sangue
As sete velas se apagaram
Foi pelo sopro do pecado
Anjos de luz e anjos negros
Se enfrentavam no deserto
O nosso tempo terminara
Ao se quebrar a última espada
E renasceu um novo tempo
E passaram anos
E completaram milênios
Homens se julgam sábios
Deixaram o céu pelo avesso
É Guerra Santa...
E quem virá nos salvar
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:24:00 0 comentários
Marcadores: Paixão
Cândido Amor
Fruto de desgraça e morte
Que me causa tanto ódio e felicidade.
Tocou meu íntimo, desconhecido
Mesmo depois de tudo
Minha alma está sozinha
Morra comigo
(...)
Sorriso escuro
A existência parece louca
Para longe, por que irei?
Seu olhar me atormenta,
Os poetas mortos, jazem lá em baixo
(...)
O que me espera claramente lembro
Inofensivo, atormentado.
Flores murchas, pretas como luto
Me vi de amor nas trevas sepultada.
Lança-me um desafio,
Pensamentos de saudades
daquele tempo que vivi.
Provei minha insanidade.
O que gostaria?
Vê o estado que a angústia tem me posto?
Vida sem sofrimento desse amor.
Um coração que já não pulsa
Você me faz viver
Oh paixão desgraçada!
(...)
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 17:24:00 0 comentários
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Dominado de Lembranças e Ódio
Com lembranças e ódio,
Perdido na floresta
Longe da humilhação e do sofrimento
Perdendo forças para a depressão
Correndo a caminho do abismo
Sendo rasgado por galhos e espinhos
Pisando em pedras, chorando...
Sentado ao pé de uma árvore
Choro desesperadamente
Dominado de lembranças e ódio
Daquela sociedade hipócrita
De ver tantas pessoas humilhadas e sofrendo
De ver tanto sangue derramado
E os cemitérios crescendo com tantas mortes.
Respiro esse ar que me acalma
Perdido na floresta tenho paz
Minhas forças estão voltando aos poucos
Minhas lembranças e ódio vão
Mas me vem uma dor no peito
Que com um punhal nas mãos
Tirei minha vida!
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 00:58:00 1 comentários
Marcadores: Angustia
domingo, 3 de janeiro de 2010
Rosas e Lágrimas
Aqui estou novamente
Para visitar seu túmulo
Para fazer parte de sua morte
Doce morte...
Trago em minhas mãos
A dor de uma lágrima
E a beleza de uma rosa...
Que enfeitará meus dias de luto eterno.
Em profundo silêncio, completo
Deixo minh'alma se entregar à brisa
leve que me envolvia naquele momento
Deixo seu espírito adormecido levar-me embora...
Para um lugar de profunda angústia melancólica
Onde nossos corpos foram esquecidos.
Não tenha medo...
Só vamos brincar...
Brincar de ser feliz...
Uma brincadeira sem fim...
Bem, já vou embora
Já trouxe minha última lembrança.
Com os olhos molhados...
Caminho em direção ao túmulo seguinte...
Já era tarde... precisava descansar...
Ewerton H. Marschalk
Postado por EwertoN às 19:03:00 0 comentários